Surgiste do nada. Depois de alguns anos sem fazer sexo,
depois de vários anos sem conhecer ninguém que faça renascer a tentação de
procurar uma mulher para tirar a roupa, fechar os olhos e deixar fluir, seja na
vida real ou virtual, então surges tu. O que dá nas vistas em primeiro lugar é
a palavra, a doçura da escrita, mas as fotos do teu rosto… os teus lábios então
… despertam o bichinho e em segundos dou comigo de pau feito. Não acontecia há
alguns meses: já apenas se erguia por obrigação para cumprir as suas funções
mínimas de fazer xixi e por vezes permitir despejar os tomates… quando estes já
apresentam dores por inactividade.
- “O meu namorado saiu. Foi para Lisboa preparar os
casamentos de São Martinho. O meu filho está em casa do meu irmão. Estou a
fazer horas extra no emprego … para pagar as dívidas que o meu ex.marido me
deixou…”
Eu tinha percebido mais ou menos o nome da terra em que vives
e pelas fotos percebi que conhecia. Conheço tudo em Santarém. Ou quase. Por
isso, faço um pequeno desvio e vou “almoçar” na casa da Comadre. Come-se lá
muito bem mas já era tarde e … às 16 horas apenas pude pedir para me fazerem um
prego no pão. Sem manteiga.
Ligo o telefone, meto conversa e em poucos minutos lá
consigo fazer-te acreditar que estou mesmo ao lado do teu emprego e convenço-te
a vir tomar um café e conhecer-me. Tinha-me esquecido que as fotos que vi eram
apenas do peito para cima e tiradas em momentos em que estavas linda,
arranjada, com um pouco de baton. Entas com a roupa de trabalho, cheia de
tintas e tenta não levar a mal: havia uma diferença grande entre as fotos que
guardo na minha imaginação e aquele teu corpo forte, de peso um pouco acima da
média, a verdade é que nem te reconheci à primeira vista. Só te reconheci
porque te dirigiste a mim tratando-me pelo nome e sorriste dizendo: “meto-te
medo?”
Dois beijinhos. Sentas-te e pedes um fino. Olho melhor e
vejo que afinal és mesmo tu. Linda. Tinha de elogiar: “és muito mais bonita ao
vivo que nas fotos”. A conversa continua sempre de volta do mesmo assunto base,
até que te lamentas: “namoro com este homem há mais de 2 anos e tu já me
elogiaste mais vezes hoje que ele nos dois anos que dorme comigo”.
Pareceu-me possível e coloquei a mão direita sobre a tua
coxa, coberta pelo macação azul de pintora. “Tira daí a mãozinha que senão
excito-me logo. Primeiro tenho de voltar ao trabalho. A tarefa tem de ser
terminada, não pode ficar a meio. E estou sozinha, depois de me excitar custa-me
bastante ficar húmida, ter vontade e não ter a quem me entregar.
Fiquei com a certeza que não querias nada comigo, que és
fiel ao teu namorado. Mas tamém me pareceu pela forma que falas dele que não te
sentes totalmente completa sexualmente.
Eu sabia que não sou capaz de te fazer sentir mais mulher
que ele. Nem sabia se seria capaz de conseguir ficar com a pilinha rija. Muito
menos se seria capaz de te possuir caso decidisses abrir um excepção, dar uma
balda como se diz entre os homens. Não sabia. Mas há tantos anos sem ter uma
mulher e contigo ali ao lado, voltei a colocar a mão na tua coxa. Quando a tua
mão veio retirar a minha, coloquei a minha mão esquerda por cima das tua, sorri
ligeiramente e trouxe cuidadosamente a tua mão para a minha coxa.
Fiquei assustado. De imediato a comecei a sentir uma coisa
rija dentro das minhas calças, ficando cada vez mais rija e comprida. Fui
conduzindo a tua mão (e a minha) para os tomatinhos, à espera que ticasses na
pilinha e sentisses a sua dureza. Não tive oposição e a certa altura tu dizes: “eu
quero ser-te fiel Asdrubal, sabes que sim, mas começo sentir-me húmida demais
para resistir. E afinal estamos quase sós os dois. Olha, paga a despesa que vou
mostrar-te o meu local de trabalho. Não está lá mais ninguém e podes por a mão
na minha perna que eu deixo.”
Percebi que sim, que ia ser possível. Mas entro em pânico.
Não tenho preservativos e sei que estiveste com outros homens nos outros anos.
És bastante forte para poder “comer-te” de pé ou “de quatro” encostada a uma
mesa ou a uma parede sem tirarmos as roupas.
Lá fomos então ver o locar de trabalho. Trocaste uns
materiais de lugar, ligaste uns quantos botões de máquinas, deste uns cliques
num computador e foste trocar de roupas. Vestiste uma saia comprida e convidaste-me
a sair.
Desloquei-me lentamente até à porta onde me chamavas, e
percebi que ali dentro não há câmaras de vigilância. Peço-te nas mãos, faço com
que cada mão tua me toque ao fundo das costas e faço o mesmo com as minhas
mãos, como se fosse abraçar-te de baixo para cima. Encosto a minha cabeça sobre
o teu rosto e dou-te um beijinho na face, sussurrando : “apetece-me dar-te
muitos beijinhos…” ao que respondes: “também me apetece, não está ninguém a
ver. Faz o que te apetecer, mas faz-me sentir mulher”.
Ficamos ali uns bons minutos, abraçados, com as mãos a subir
e a descer enquanto os nossos lábios iam cobrindo de beijos a face e o pescoço
do outro. Nos momentos em que os braços apertavam, os teus seios comprimiam-se ligeiramente
sobre os meus e meu pau duro esfregava-se sobre o fundo da tua barriga.
Agarradinhos, fui fazendo com que nos deslocássemos cerca de
um metro, para te encostar à mesa. Deu certo. A mesa tinha a altura certa para
ficares com o rabo sobre ela e com os pés no chão. Parecia forte. Local seguro,
deixei a mão direita meter-se por baixo da tua saia e comecei a subir ao longo
da coxa em direcção ao centro da floresta negra. Maravilha! Vai acontecer!
Estavas sem calcinhas! Reparei facilmente que ao centro a floresta está
bastante humedecida e tem um pequenino lago de águas quentes. Coloquei a mão
aberta, com os dedos esticados sobre o lago para ter a certeza: Sim, sou capaz!
Atrevo-me e levo os meus lábios na direcção dos teus, mais sedosos e húmidos
que mel. Já estavas a contar porque as nossas línguas encontraram-se de
imediato…
Com a natural falta de jeito dos homens, lá tentei baixar as
calças sem que os nossos corpos se separassem. Tentas-te ajudar e em segundos
conduziste o peixinho para dentro da gruta. Ai a sensação da primeira entrada,
lenta, a junção da humidade do peixinho que estava todo babado com a humidade
do lago … que escorria muito lentamente… quase 20 segundos até o peixinho se
enterrar todo lá dentro. Tentei ficar assim uns segundos, saboreando e
empurrando mais e mais fundo, quase sem me mexer. E tu começas a tentar
mexer-te… queres que o peixinho entre e recue, entre e recue, primeiro devagar
e depois cada vez mais depressa …. Começamos e ter dificuldade em respirar com
as nossas bocas unidas e muito abraçadinhos …. Desapertas-me a camisa e faço o
mesmo com a tua …. O soutiã sobe e fica por baixo dos nossos queixos … mas as
nossas maminhas estão juntas duas a duas … As tuas cobrem totalmente as minhas
mas estão juntas. Temos cerca de 50% da nossa pele em contacto perfeito.
Queres que entre e saia cada vez mais rápido e vais
insistindo: ”não pares, não pares, não te venhas por favor”.
Caiu-me ao chão. Eu estava nervoso e fiquei com a sensação
que podias ficar grávida. O peixinho morreu e reduziu-se instantaneamente a um
tamanho parecido com uma ponta de cigarro, pequenino, encolhido.
Puxei de um pacote de lenços e dou-te um.
Limpamo-nos e enquanto me perguntas “O que te deu para parares? Eu estava
louca, estava a ser tão bom.” E eu tento consertar: “na próxima preparamos tudo”.
- Próxima? Estás doido. Irá haver próxima mas não contigo.